O Partido Social Democrata (PSD) de Aveleda, Vila do Conde, expressou, em comunicado, “choque” e “reprovação” pela rejeição da sua proposta de recomendação à Junta de Freguesia, para a criação de uma Assembleia de Freguesia Jovem, a realizar nas comemorações do 50º aniversário do 25 de abril.
A proposta, apresentada na sessão da Assembleia do passado dia 27 de dezembro, teve como principal objetivo, referem os social-democratas, aproximar os jovens da freguesia à política local e incentivar uma cidadania ativa, mas acabou chumbada pelo Partido Socialista (PS), “sem qualquer explicação dada pelos seus membros eleitos e em flagrante violação da Declaração de Princípios do Partido Socialista e dos valores que norteiam o nosso sistema político”.
De acordo com a proposta dos social-democratas, esta iniciativa seria realizada, num primeiro modelo e edição, “com os alunos da Escola Básica de Aveleda, organizando, em articulação com o corpo docente, a Associação de Pais e os assistentes operacionais”, realizando-se “uma Assembleia de alunos para debater, propor e votar melhorias concretas nos espaços e equipamentos da escola, dentro de um modesto, mas simbólico orçamento a definir”. “Dando resposta aos anseios e desejos dos alunos da nossa Escola”, competiria depois à Junta de Freguesia prosseguir a “realização das propostas apresentadas e aprovadas em tal Assembleia”, dentro do que fosse “material e legalmente possível”.
Apesar do património comum que une os dois partidos em torno da defesa do 25 de Abril e do significado histórico da data, a proposta acabou rejeitada pela maioria dos membros do PS, o que para o PSD “continua a evidenciar-se a já recorrente divisão interna dos socialistas de Aveleda em torno das propostas do PSD, com duas abstenções do Partido Socialista”.
Para Pedro Pereira da Silva, representante do partido em Aveleda, que apresentou a proposta na sessão da Assembleia, “é chocante ver o Partido Socialista em Aveleda a votar contra esta iniciativa, ignorando a importância de estimular a cidadania e de enraizar os valores democráticos nos nossos jovens, especialmente num momento tão crucial em que democracia é chamada a atuar, com o país a ir uma vez mais a votos e com um crescimento sem precedentes dos extremismos populistas e das tendências antidemocráticas na história do Portugal democrático”.
