Alargamento da Linha do Minho incluirá beneficiação de apeadeiro em Águas Santas, Maia

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Estação CP Palmilheira Águas Santas_Foto Google

É um projeto que não sai do papel há décadas. Mas o parecer favorável condicionado da Agência Portuguesa do Ambiente ao Estudo de Impacto Ambiental poderá colocar nos carris uma empreitada muito desejada pelas populações da Maia e concelhos envolventes. As obras vão obrigar à demolição de 90 construções (21 casas em uso).

O projeto de alargamento da Linha do Minho de duas para quatro vias entre as estações de Contumil, no Porto, e Ermesinde, em Valongo, teve um parecer favorável condicionado da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), divulga a Agência Lusa. O projeto prevê requalificação do Apeadeiro de Palmilheira/Águas Santas (Maia).

A APA deu parecer favorável tendo em conta que os impactes negativos identificados são, na generalidade, “suscetíveis de minimização”, pode ler-se no documento.

O projeto de alargamento daquele troço da Linha do Minho, que obrigará à demolição de 21 casas ainda em uso, aumentará a capacidade de estacionamento em Rio Tinto, no concelho de Gondomar.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto, que esteve em consulta pública entre 20 de março e 03 de maio, prevê a demolição de 88 edifícios ao longo do traçado, dos quais 21 habitações atualmente em uso.
No dia 13 de março, a Lusa noticiou que o projeto deverá avançar em 2024 e custar 120 milhões de euros, segundo fonte da Infraestruturas de Portugal (IP), responsável pelo projeto.

“Com a implementação do projeto serão demolidas 90 construções (88 no Troço de Contumil – Ermesinde e duas na Ligação da Rua Garcia da Orta – Rua Padre Joaquim das Neves). Destas habitações, 21 correspondem a habitações em uso, sendo as restantes garagens/anexos/armazéns ou habitações abandonadas”, pode ler-se no resumo não técnico do EIA, datado de fevereiro.

A freguesia de Rio Tinto vai também ganhar 144 novos lugares de estacionamento e uma ligação pedonal entre a estação de comboios e a de Campainha do Metro do Porto, segundo o EIA. O parque atual acolhe apenas 120 viaturas ligeiras.
Nesta obra, “será feita também a melhoria da acessibilidade rodoviária ao mesmo, através de uma nova ligação entre a Rua Padre Joaquim Neves e a Rua Garcia da Orta”.

Segundo a IP, “está também prevista a melhoria das condições de conforto e acessibilidade” nas estações de Rio Tinto e no apeadeiro de Palmilheira/Águas Santas (Maia), sendo criadas “novas interfaces rodoferroviárias na sua vizinhança, beneficiando a mobilidade das populações e promovendo a utilização dos transportes públicos”.

De acordo com o EIA, a fase de construção do projeto terá a duração de 42 meses, a que acrescem três meses para a montagem e desmontagem dos estaleiros de obra.

Em fevereiro de 2020, após uma consulta pública em outubro de 2019, a APA declarou a não conformidade de um anterior projeto de execução para a quadruplicação do troço, que se baseava numa DIA emitida em 2009.

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