Concerto de estreia da Orquestra Clássica da Maia terminou em apoteose

Foto de Arquivo: Mário Santos/CM Maia

Com a Igreja de Nossa Senhora da Maia sobrelotada, o concerto de Estreia da Orquestra Clássica da Maia (OCM) fica marcado por uma comunicação eficaz com o público, que se deixou seduzir pela contagiante alegria com que os jovens músicos se entregaram à interpretação de um programa diversificado.
O memorável concerto começou com a abertura de “La clemenza di tito” de W.A.Mozart, seguindo-se um conjunto de três obras para cordas: “Andante Festivo” de J. Sibelius; “Brook Green Suite”, H.190, de Gustave Holst; “Maia Terra Mater”, Adágio para cordas (1º andamento da abertura MAIA 1519) do compositor maiato Victor Sampaio Dias, presente no público, a quem o Maestro Pedro Sousa foi cumprimentar.
Após este grupo de obras para cordas, regressaram as madeiras, metais e percussão para interpretar a “Ouverture in the italien style”, .591, de F. Schubert, “Valse triste”, Op.44, de J. Sibelius, “Pavane”, Op.50, de G. Fauré, terminando em apoteose com uma rapsódia dos principais temas do celebérrimo filme  “The sound of music” de R. Rodgers/O. Hammerstein, com um colorido arranjo de  R. Bennett, que após demorada e estrondosa ovação, foi tocada como ‘encore’.
Silva Tiago, presidente da Câmara da Maia, esteve presente e no final foi cumprimentar o Maestro Pedro Sousa, dirigindo-se aos jovens músicos para lhes expressar de viva voz, o que escreveu no programa de sala: «uma palavra de gratidão, mas também de estímulo e motivação, para que continuem a abraçar este projeto e a partilhar com a comunidade concelhia e com o público em geral, a beleza que nos entregam, através da música que talentosamente interpretam, contribuindo desse modo para uma Maia mais feliz, a sorrir para a vida”.
A presidente do Conselho Diretivo da Fundação Conservatório de Música da Maia, Emília Santos, acompanhada dos seus colegas Victor Sampaio Dias, coordenador do projeto da OCM e António Alves Ferreira, representante daquele órgão diretivo no Conselho Pedagógico do Conservatório, agradeceram ao imenso público, quer a sua presença, como a forma entusiástica como acolheu a OCM.
De referir que no efetivo da Orquestra contavam-se 11 jovens alunos do Conservatório de Música da Maia, que tocaram lado a lado com outros jovens alunos que frequentam o ensino superior em Música e de alguns profissionais, sendo que 85% do elenco é talento maiato. À Orquestra juntou-se ainda, numa das obras do programa, o Ensemble Vocal Notas Soltas.
«A noite de 11 de fevereiro de 2023 fica para a História da Vida Cultural da Maia como um marco indelével que coloca a Maia ao nível de um território europeu, onde o talento artístico-musical autóctone é posto ao serviço da fruição estética e intelectual da comunidade que nele vive e interage, dando início a uma, tão almejada, tradição orquestral regular», refere a nota de imprensa da Câmara Municipal.

 

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