Mobus Maia foi apresentado como mais uma solução flexível e inclusiva de transporte

Do Fórum da Mobilidade realizado esta manhã, na Maia, destaca-se a apresentação do Transporte Público a Pedido, o novo serviço Mobus, que garante um transporte mais flexível em todo o concelho, especialmente em locais com menor oferta de transportes públicos regulares.

Esta apresentação integra-se na Semana Europeia da Mobilidade 2022. Neste Fórum foi apresentado publicamente o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Maia, de que faz parte o novo transporte flexível na Maia – Mobus Maia.

Numa abordagem socialmente inclusiva, o novo serviço de transporte a pedido, por marcação oferece uma resposta flexível e ajustada às necessidades das zonas de menor densidade populacional, servindo sobretudo uma população mais envelhecida que, com frequência precisa de se deslocar a consultas médicas ou a serviços públicos.

O serviço tem vindo a funcionar já em fase de teste, mas hoje deu-se o lançamento oficial, já com todas as condições reunidas para o funcionamento e com todos os pontos aglomeradores (que fazem a ligação com os transportes públicos regulares) e de recolha (pontos exclusivos do Mobus Maia) devidamente identificados.

O serviço, que usa veículo com um máximo de nove lugares, de acordo com as solicitações, está disponível nos dias úteis entre as 10h00-12h00 e as 14h30-17h00, sendo que as reservas devem ser efetuadas até às 17h00 do dia útil anterior ao dia pretendido para a viagem. As reservas efetuadas após as 17h00 ficam sujeitas a integração nas viagens já programadas.

O novo serviço de transporte a pedido pode ser reservado online, na plataforma mobus.pt, ou através de uma chamada telefónica pelo nº 227 667 046, sendo que cada viagem tem o preço fixo de 2,00 €.

O valor é pago diretamente ao motorista em numerário exclusivamente. Por enquanto, é assim a forma de pagamento, mas de acordo com o parceiro (Maia Transportes) o pagamento poderá evoluir para o sistema online ou até vir a ser integrado no Andante (já usado no Metro e nalgumas carreiras).

Por enquanto, estão inseridas neste serviço freguesias: São Pedro Fins, Castelo da Maia, Nogueira e Silva Escura, Moreira, Folgosa, VN Telha.

Os presidentes das Juntas de Freguesia de Milheirós e Pedrouços, que estiveram presentes no Fórum da Maia, fizeram sentir também as necessidades nalgumas áreas das respetivas freguesias, onde se situam núcleos populacionais mais envelhecidos ou de acessos mais difíceis para autocarros de grande porte.

Também um elemento da Junta de Freguesia de Folgosa mostrou haver maiores necessidades deste transporte além das três paragens já contempladas.

As propostas foram anotadas pela Chefe de Divisão de Energia e Mobilidade da Câmara da Maia e pela empresa Maia Transportes, que salientaram o caráter evolutivo deste serviço.

Mário Neves, vereador com o pelouro da Mobilidade, referiu à comunicação social que é obrigação do município “tomar medidas no sentido de promover a equidade na qualidade dos serviços que prestamos à nossa população”. Por isso, a Câmara da Maia, em parceria com um privado, neste caso a Maia Transportes, explicou ainda o autarca, “promoveu uma solução que permite, em alguns aspetos, colmatar deficiências na normal oferta de transporte público”.

Hugo Martins, da Maia Transportes, frisou que este Mobus Maia não tem a pretensão de substituir o táxi nem os regulares transportes públicos, pelo que existem algumas limitações de horários e de marcação prévia, bem como dos pontos de recolha. “Isto não é um táxi e não vai buscar as pessoas porta a porta” e foi concebido de forma “a evitar essa confusão”, explicou.

Por enquanto, o Mobus funciona com um veículo, mas está disponível para aumentar a oferta, caso seja necessário, esclareceu ainda o Eng.º Hugo Martins.

Carlos Moreira, presidente da Junta de Moreira, mostrou-se agradado com um serviço que vem acrescentar mais oferta ao transporte a pedido que a Junta já dinamiza há algum tempo em Moreira.

O autarca diz que a experiência tem demonstrado que são os mais idosos quem mais precisa e procura o serviço, deixando de sobrecarregar familiares para os auxiliar nas deslocações para uma farmácia ou um Centro de Saúde, que é o destino mais procurado no transporte a pedido da Junta local.

Luís Gonçalves, secretário da Junta de S. Pedro Fins, entende que o Mobus vem “dar maior proximidade da periferia da nossa freguesia aos pontos aglomeradores, e daí, partir para a ligação a outros locais”.