Em parceria com a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, o Jardim Zoológico da Maia realizou, na última semana, uma visita-piloto com um grupo de invisuais.
O acontecimento inovador incluiu a visita ao espaço de forma diferente para que pessoas invisuais pudessem conhecer os mais de 600 animais de 200 espécies diferentes do Zoo da Maia.
Tratou-se de uma visita-piloto, que promoveu a experiência sensorial, com recurso aos sentidos como o tato, a audição e o olfato, através de diferentes atividades pensadas para o grupo, cujas faixas etárias variavam entre os 40 e os 70 anos.
O primeiro espaço da visita foi a sala pedagógica, onde foi contada a história do Jardim Zoológico e dada a oportunidade de, através do tato e olfato, descobrir os alimentos dados aos diferentes animais.
A atividade seguinte relacionou-se com a audição e os sons dos animais: à medida que o grupo ouvia os diferentes sons, os animais eram descritos, tanto a nível do seu comportamento como o seu aspeto físico.
O grupo de invisuais também experienciou a alimentação direta aos animais, neste caso, aos lémures, veados ladradores, cabras e zebras, sempre com a devida segurança e acompanhamento.
O segundo espaço interior foi a sala de incubação.
Sobre esta visita adaptada a invisuais, Olga Freire, presidente da Junta de Freguesia da Cidade da Maia, que é a entidade proprietária do Zoo, referiu que tem havido um esforço e investimento na modernização do parque de forma a torná-lo num local mais acessível, “proporcionando à comunidade experiências cada vez mais inclusivas e acolhedoras”.