A CDU de Vila do Conde quer certificar um dos produtos mais antigos e apreciados da terra: a doçaria conventual.
O deputado na Assembleia de Freguesia de Vila do Conde, Gualter Sarmento, apresentou em dezembro uma proposta para a criação de uma comissão para a preservação e promoção do Doce Conventual e Tradicional. A ideia foi bem recebida e, por unanimidade, a assembleia concordou em defender a certificação do produto, em parceria com a Associação para a Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde.
“O doce conventual e tradicional vilacondense não é apenas um doce. É emprego. É turismo. E principalmente é identidade vilacondense”, explicou o deputado eleito pela CDU.
Após reuniões com produtores da doçaria tradicional, foram apresentadas algumas medidas, que contam com a colaboração de instituições do concelho. Entre elas, é referido que “a Certificação foi a medida mais consensual [para a promoção do doce] e para a qual a Associação para a Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde demonstrou disponibilidade para auxiliar desde a vertente técnica até à financeira”.
Será também criada uma “embalagem distintiva e comum a todos os produtores” para a venda dos doces e a ESMAD (Escola Superior de Média Artes e Design) deverá ser o “ parceiro criativo” deste projeto.
Com a colaboração da Associação para a Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde (ADAPVC) e da ESHT (Escola Superior de Hotelaria e Turismo) será também criada uma confraria.
A proposta da CDU defende ainda a “criação de um Posto Móvel de Vendas que recupere a tradição da sua comercialização ao longo das nossas praias, durante a época balnear”. Esta iniciativa seria concretizada “através da aquisição de um veículo vulgarmente conhecido por tuk tuk, ao qual se atribua o nome «D. Aninhas», constituindo, desta forma uma homenagem a quem, não sendo produtora, foi uma figura indissociável deste nosso delicioso artigo”.