Dez militares da GNR e um elemento da PSP foram, esta terça-feira, detidos na sequência de uma megaoperação da PJ contra a exploração de imigrantes. Em comunicado, a PJ adianta que foram cumpridos 50 mandados de busca e 17 mandados de detenção em Beja, Portalegre, Figueira da Foz e Porto.
A megaoperação investiga crimes de auxílio à imigração ilegal, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Segundo a PJ, está em causa “uma organização criminosa que controlava centenas de trabalhadores estrangeiros, a maioria em situação irregular em Portugal. Através de empresas de trabalho temporário, criadas para o efeito, aproveitava-se da vulnerabilidade dos mesmos, explorando-os, cobrando alojamentos e alimentação e mantendo-os sob coação através de ameaças, havendo mesmo vários episódios de ofensas à integridade física”.
Os militares da GNR e o elemento da PSP detidos são suspeitos de “facilitarem a ação do grupo criminoso”.
A operação, através da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT), foi desenvolvida no âmbito de inquérito titulado pelo Departamento Central de Investigação e Ação penal (DCIAP).
