Dentro de semanas será aberta hasta pública de terrenos para Academia do FC Porto na Maia

Foto J Gomes

A hasta pública para venda dos 11 hectares da Câmara da Maia nos terrenos do futuro Parque Metropolitano onde vai nascer a nova Academia do FC Porto vai ser feita “nas próximas semanas”, revelou o presidente da Câmara, Silva Tiago, num encontro informal com os jornalistas.

O autarca adiantou que já está feita a avaliação da parcela de 11 hectares que a autarquia detém no local onde vai ser feito aquele equipamento, projetado para ocupar cerca de 20 hectares, pelo que muito em breve o assunto será levado à reunião do executivo e a uma Assembleia Municipal extraordinária para ser “analisado e votado”.

A nova Academia do FC Porto deverá nascer no Parque Metropolitano da Maia, uma “área estratégica” de cerca de 350 hectares, que poderá incluir também uma academia de formação do Boavista.

“Nós queremos que o FC Porto tenha todas as condições para fazer ali a sua academia. Fizemos a nossa parte, aquilo que nos competia, estudámos o assunto. O nosso compromisso era por em hasta pública a nossa parte dos terrenos, cerca de 11 hectares, e quem pagar mais, compra”, afirmou o Silva Tiago.

O autarca justificou ainda a opção pela venda em hasta pública daquela parcela com o facto de ter havido um custo para a autarquia com estes terrenos e por isso esta não os devia “doar, porque nos custou dinheiro”.

Sobre o projeto do Boavista, Silva Tiago admitiu que “essa parte está mais atrasada”.

Em setembro, o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa garantiu, quando discursava na gala Dragões de Ouro, que a nova Academia da Maia ia arrancar em 2024. “O grande sonho que tinha da nossa academia vai ser uma realidade”, garantiu.

Em 31 de julho, a autarquia maiata aprovou por unanimidade em reunião extraordinária o programa estratégico para o futuro Parque Metropolitano da cidade, que vai incluir um ‘campus’ tecnológico, residência sénior e zonas desportivas, entre outras valências, por mais de 376 hectares, dos quais 70 são propriedade da edilidade maiata. Os terrenos localizam-se entre as freguesias de Nogueira e Silva Escura e de São Pedro Fins.

De acordo com o Porto Canal, o projeto do FC Porto englobará um estádio com características para acolher jogos da II Liga e os principais duelos dos escalões de formação, reunindo cerca de 2.500 lugares cobertos, parque de estacionamento, zonas de imprensa e balneários.

O futuro complexo concentra ainda nove campos relvados com dimensões oficiais e mais um de superfície similar para o futebol de sete, sob autoria do escritório de arquitetura de Manuel Salgado, que concebeu o Estádio do Dragão e o Dragão Arena, ambos no Porto.

Já o edifício principal deverá ser composto por uma zona técnica desportiva e a denominada Casa do Dragão, espaço residencial reservado a atletas acolhidos pelo FC Porto, com quase 70 quartos duplos, áreas de estudo e lazer ou uma zona de restauração.

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