Ficam em Vila do Conde as três freguesias da AMP onde a população mais cresceu

Num país a perder gente, apenas 16% das freguesias ganharam população. Das sete freguesias do Porto, três ganharam população. Perderam-se três vezes mais pessoas do que se ganharam. Mantém-se um certo equilíbrio na Área Metropolitana do Porto (AMP), sem grandes variações. A pequena freguesia de Lomba, na zona limite de Gondomar, que faz fronteira com Arouca, foi a que mais perdeu população na última década (-15%, 219 pessoas). Pelo contrário, em Valongo, para onde têm ido antigos moradores do Porto, há um crescimento de 1958 habitantes (8%). Mas é no concelho de Vila do Conde que se alinham as três freguesias cuja população mais cresceu em termos percentuais: Vila Chã (+10%, 310 pessoas), Mindelo (+14%, 497 pessoas) e Fajozes (+15%, 212 pessoas). Sílvia Lomba, a presidente da Junta de Fajozes, alega que ali “a condição é particular”. A população é “muito envelhecida”, não há por onde construir, “é difícil fixar os jovens”, e por isso o crescimento deve-se ao boom da zona industrial da Varziela que fez aumentar muito a comunidade chinesa na última década, tornando-a na maior do país. Os armazéns espalhados por uma área de dois mil metros quadrados, onde alguns chegam a viver, é um fenómeno já apelidado ‘chinatown’. Nos últimos dez anos, no Porto, foram as freguesias do centro da cidade que mais perderam população. Bonfim (-5%), Lordelo do Ouro e Massarelos (-4%), a União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória (-7%) e ainda Campanhã (-9%) foram aquelas em que os dados dos Censos permitem observar um decréscimo populacional. De Campanhã saíram quase 3 mil pessoas para os concelhos limítrofes, como Vila Nova de Gaia, Gondomar e Valongo.

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